As músicas e a minha cabeça voadora

Assim, nem precisava ser exatamente essa música, sabe... Mas o fato é que, escutando "She", eu quero alguém pra cantar bem no meu ouvido. Tipo a cena final de "Notting Hill", inclusive com o barrigão de grávida.

Abrasileirando a coisa, podia ser mesmo na beira da praia, fim de tarde, e alguém cantando "Minha Namorada", eu deitada com um vestidão bem comprido e uma barriga bem redondona. Porque não dá pra dizer que não, que eu quero mesmo é "beijar na boca e ser feliz", não dá. Eu até quero isso, gosto muuuuito, mas pra passar o tempo só. E sinto que não tenho mais tempo pra 'passar' nessa vida, quero viver de verdade e pra valer (até porque eu só quero adquirir o barrigão depois de um certo tempo, que compreende namoro, casamento... Vocês entendem).

Já tenho aqui na cabeça o meu Hugh Grant desejado. Queria muito ser a Julia Roberts dos sonhos dele. Quem sabe.

Daquilo que a gente não prevê quando faz uma coisa e/ou toma uma decisão...

Meus cabelos estão curtos, né. Todo mundo gostou, né. Eu adorei, né. Só tem um probleminha assim, mínimo:

VENTA BAGARAI AQUI. E eu pareço o Floquinho quando o cabelo despenteia no vento.

Pela atenção, obrigada.
A minha resolução para 2008 foi a de deixar a covardia de lado, a apatia, e partir pra cima do que quero sem medo. Já comecei.












Mas é difícil...

Piada Quebrada

Tem uma moça sentada na calçada. Ela olha tudo, mas parece não entender muito bem aquele vai-e-vem de gente na porta da sua casa, porque está sempre com a mesma cara de ponto de interrogação.

Tem uma moça calçada na entrada. Ela pisa, doem os dedos por conta do salto, mas parece não concordar com tantos rostos tristes e preocupados, porque ela sorri e aguarda alguém que ainda não veio, mas vai chegar.

Tem uma moça na estrada, olhando a batucada. Ela mexe os quadris, ensaia um passinho, mas parece ter medo de saber remexer, porque aperta o vestido com força, como se assim pudesse ficar mais quieta.

Tem uma moça cortada no meio da arquibancada. Ela sangra, chora, mas parece não querer ajuda, porque olha pro corte e faz cara de quem se vira sozinha, com orgulho estampado no rosto.

Tem uma moça amada na baixada. Ela sorri, diz que ama de volta, mas parece mentir e ser muito infeliz, porque faz figa atrás de si a cada vez que repete o verbo amar, seja em qual inflexão for.

Tem uma moça calada na madrugada. Ela lê, observa, pensa, reflete e tira suas conclusões, mas parece querer mudar, porque, quando só, fala desesperadamente em voz alta, como se discutindo estivesse.

Tem uma moça aleijada na enxurrada. Ela grita, pede socorro, implora por alguém que a ajude, mas parece não ter a menor esperança, porque seus olhos correm o lugar, mas invariavelmente se fixam no céu, enquanto ela sussura alguma coisa.

Tem uma moça mal-falada na noitada. Ela dança como se não houvesse ninguém, bebe como se não fizesse mal, beija como se não pudesse se apaixonar, mas parece não se importar com a má fama, porque ri como criança e é feliz a cada dia.

Tem uma moça cansada na caminhada. Ela quase se arrasta para acompanhar, reza pra conseguir, mas parece ter certeza de que chegará onde quer, porque mesmo com os pés sangrando e o coração também, ela arruma forças que nem sabia ter e continua andando. Só, no meio da multidão, mas ela não pára por nada. Facada, alfinetada, chuvarada, bofetada, enxadada, garrafada, palhaçada ou paulada, nada vai impedir. Vai chegar ao final da temporada, olhar da sua sacada pra enseada bem na hora da alvorada, sorrindo, sabendo que acabou a sua cruzada. Dando risada - quem sabe mesmo uma gargalhada - e pronta pra porrada.

Porquê eu vou virar uma advogada velha, ridícula, porém rica

A Jucilene me liga a cada cinco minutos pra perguntar se o técnico, que vem ver a geladeira desligada ontem à noite e que chegaria às nove da manhã, já chegou. Ele não veio até agora.

Toca o interfone a cada dez minutos, mas não é o técnico. É a patricinha besta que mora no mesmo andar e não sabe o que quer dizer chave, muito menos inconveniência.

A persiana ficou afastada da parede, e parece que alguém vai morrer com isso.

A tevê foi pra assistência técnica há mais de uma semana e não voltou. Isso porque seria coisa de dois dias.

A vacina anti-tetânica, que eu preciso tomar e nem sabia, está em falta no posto de saúde mais próximo, então eu tenho que ir até o super-lotado no bairro ao lado.

Tenho até sexta-feira dessa semana pra ir na faculdade com todos os 784.632 documentos necessários pra minha rematrícula, mesmo assim implorar de joelhos à Diretora que me deixe estudar no primeiro semestre ainda. Os documentos estão a 131km da parte mais próxima de terra firme, que fica a 5h de carro daqui.

A pecinha que fica fazendo nhéco-nhéco no carro chegou na concessionária, e eu tenho que estar às oito da madrugada de amanhã lá pra substituí-la, segundo o Jean.

Tenho a bosta da prova do Detran pra fazer na 4a feira, e até lá sou uma mulher proibida de dirigir. Ah, a folga acaba na quinta.

A vida não é tranqüila, minha gente? Ô calmaria...
In case you did NOT realize it yet: my "good side" is on vacations. Evil_Me is indahouz.

If you did not understand what I wrote, get your ass outta this chair and go study some English.
Agora que publiquei e vi o post no blog (eu sempre abro, no matter what), percebi a contradição entre o post abaixo e a musiquinha bunitinha que tá de som ambiente.

Eu nunca me disse coerente mesmo.

Campanha "Por uma vida mais simples"

A Helen já tinha começado, eu discordei quanto ao celular - dependo, baby, completamente. Mas quanto a este post, concordo em gênero, número e grau. Mesmo acreditando em reencarnação e mundo espiritual. Porque amores desse tipo, baby, são efêmeros. E como dizia o meu querido Poetinha, "que seja eterno enquanto dure", e nada além disso.
São Pedro resolveu que eu não vou a ensaio nenhum de escola de samba esse ano. Praia? Duvido muito. Ele apagou a luz aqui hoje, arrastou os móveis e tá lavando o chão do céu. Com muita água.

Tem nada não, São Pedro. Eu ainda engano o senhor.
Ando sem a menor vontade de escrever, de falar, de conversar... ando preguiçosa ao extremo. Ou cansada. E parece que as únicas pessoas com as quais me disponho a falar, conversar, etc, estão pré-determinadas a me ignorar. Que seja, então, fico quieta.

Assim, tô numa dessas fases, mas não é tristeza não, é introspecção mesmo. Volto quando voltar a ser sociável. Beijoca.

Acabou. Boa sorte!

Em pleno 2020, em plena pandemia, em um momento onde a maioria está passando por uma mudança radical em suas vidas, resolvi voltar aqui e s...